NUNCA SABEMOS A VERDADE... APENAS FRAGMENTOS DELA...

NUNCA SABEMOS A VERDADE... APENAS FRAGMENTOS DELA...
É TUDO TÃO ESTRANHO... MAIS TÃO BOM...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

SOPHIA CRUA

De onde estou vejo a lua... Vejo a sua noite escura, suas constelações mais do que cruas.
Sua Sophia me deixa sem saber de nada... Só sei que lamento por ter de volta a sede dos seus lábios.
A lua clareai as mais belas noites escuras. Por que será que isso ocorre?
Banha-me com esta sua simplicidade a minha triste solidão, existente nas mas belas canções que um dia foram feitas para mim.


(retrato da lua vista da janela do meu quarto no dia que escrevi este texto)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

NÓS DENTRO DE NÓS

O que pensar numa tarde? Queria ter o mundo e, no entanto não tenho nem a mim. Esta paixão que faz o meu ar faltar faz eu ver todo este mistério que assombra este trato intimo.
Lembra quando nos tínhamos? Os nossos corpos eram como duas esferas soltas no universo. Tínhamos somente nós dentro de nós.
Nossas bocas sem audição, nossos olhos sem paladar, nossas mãos sem visão e nossos ouvidos sem tato, eram todos completamente sem sentido mas com sentimento. Naquele momento tínhamos descoberto a felicidade.
A noite parecia está abreviada. Nós éramos uma multidão e não tínhamos o pavor de se cansar. Fizemos do perigo o nosso ofício, não havia demônio nem inferno apenas um redemoinho de braços e pernas.
Venha meu Zaratustra, me prenda com um abraço seu e me faça voltar naquela noite em que me prometeu o mundo e olhava-me de um jeito tão meigo e diferente, onde pude perceber que a distância fez você sofrer também...
Vem minha ave de rapina, me faça seu ninho, pois um dia terás que voltar para o seu sertão. Ficarei aqui e você ali, dois dias de distância e várias tardes de solidão...
Palavras quentes e mornas numa noite fria... Noite que jurou me dá o mundo mais nunca o seu amor.

Rafael Santos Ribeiro